Seguradora MAFRE recusa-se a dar assistência a trabalhadora acidentada na loja do Fórum Almada da Cortefiel – Confespanha

Uma trabalhadora da Loja da Cortefiel – Confespanha sofreu um acidente de trabalho na tarde de dia 2 de Janeiro de 2016, na Loja da Cortefiel - Confespanha do Fórum Almada.

 

Na manhã seguinte perante o aumento das dores, dirigiu-se ao Hospital de S. José, em Lisboa. Face ao diagnóstico médico, solicitou de seguida no local de trabalho a participação do acidente à seguradora que é a Mafre Seguros que a remeteu para o Hospital Particular de Almada, que a “empaleou” durante cerca de 15 dias, sem melhoras ou recuperação.

 

Finalmente, foi encaminhada para o Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, onde recebeu tratamento especializado. Sem, no entanto, obter recuperação durante meses até que, finalmente, o especialista, a aconselhou e marcou cirurgia ao ombro acidentado para 18 de Julho 2016.

 

Aqui, entra em acção a Mafre, que anula a operação, suspende a fisioterapia e levanta a baixa de acidente, forçando a trabalhadora a apresentar-se no local de trabalho sem estar em condições físicas. 

 

Como já não é a primeira vez que esta seguradora recusa dar assistência a trabalhadores acidentados no trabalho.

O CESP na defesa dos direitos dos trabalhadores enviou ofícios:

 

- Presidente do Conselho de Administração da Mafre, Seguros, onde, face à recusa em assumir a responsabilidade de assegurar tratamento e recuperação adequada aos trabalhadores acidentados, exige que cessem de imediato com esta prática e mandem a trabalhadora retomar os tratamentos prescritos pelo médico especialista.

- DRH da empresa Cortefiel - Confespanha dando conta da situação e responsabilizando a empresa por assegurar assistência e remuneração à trabalhadora;

- Presidente do Instituto de Seguros de Portugal exigindo actuação conforme as responsabilidades; e

Ministro do Trabalho e Presidentes dos Grupos Parlamentares exigindo medidas de salvaguarda da saúde e direitos dos trabalhadores acidentados, e actuação preventiva no sentido de evitar que as seguradoras privadas atirem com os custos dos acidentes de trabalho para cima da segurança Social e SNS, recusando tratamentos ou através de contratos por objectivos, promovam a não comunicação dos acidentes e a ida dos acidentados para os médicos de família e hospitais do SNS.

 

Ganha nova actualidade a exigência de sempre do Movimento Sindical Unitário, de que o seguro dos acidentes de trabalho seja retirado do âmbito das seguradoras privadas (negócio de vidas humanas) e passe para a Segurança Social e SNS.

 

Setúbal, 2 de Agosto de 2016

A Direcção Regional de Setúbal do CESP

Respeitem os direitos e os trabalhadores da Cortefiel, Woman Secret e Sprinfield  

Na Cortefiel foram afixadas comunicações sobre o "cliente mistério"anunciando prémios e "roubo" de comissões aos trabalhadores com avaliações inferiores a 85% ou que "não saudar o cliente" e "não proponham uma venda complementar".

 

Trata-se duma ameaça abusiva que não poderão concretizar porque os valores da parte variável da remuneração, tal como os da parte fixa, não estão na disponibilidade da empresa "roubar".

 

Aos senhores da Confespanha recordamos:

 

Não vivemos no regime da ditadura selvática em que alguém tem o poder ditatorial de escrever e impor a aplicação da norma, julgar e aplicar o castigo.

 

Esse tempo existiu, infelizmente, em Portugal e Espanha,como todos bem recordamos no tempo das ditaduras de Franco, Salazar e Marcelo Caeteno, esta última foi derrubada em 25 de Abril de 1974.

 

Hoje vivemos em estados de direito democrático, felizmente, em Espanha e Portugal, mas parece que na Confespanha há uns potenciais "ditadoresinhos" que fazem a norma, mandam afixar, aplicar, julgar e castigar, premiando e castigando, "roubando" a remuneração

 

Senhores, não podem e não vão fazer isto aos trabalhadores. E vão ter de os passar a respeitar mais:: não podem fotografar ou filmar trabalhadores no exercício das suas funções (o crime é classificado de assédio por violação do direito de personalidade) e terão de passar a respeitar as leis e os CCT’s,sem dossier's paralelos de horários...

 

Contratos a termo sucessos ilegais: Trabalhadores são efectivos

 

Muitos dos trabalhadores contratados a termo, não sabem, porque não se informam, mas de facto, por força da lei, são trabalhadores efectivos das lojas, porque as justificações utilizadas para contratar a termo, são no geral falsas.

 

Horários organizados violando a lei e os direitos

Trabalho para além do horário (só tem hora de entrada não tem hora de saída), alterações diárias dos horários, horários duplicados e escondidos, os dois dias de descanso semanal muitas vezes não são gozados e não são remunerados extraordinariamente.      

Folha Sindical Cortefiel Set 2015.pdf
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