Retirada de direitos aos trabalhadores do comércio retalhista de Lisboa!
No passado dia 20 de Outubro, o CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) reuniu com as Associações Patronais dos concelhos Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos, Lisboa, Cascais e Setúbal onde nos foi entregue a sua proposta conjunta com a CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal), na qual são referidas várias perdas nos salários dos trabalhadores.
Perdas:
Total de perda=173,65€
Ao longo dos últimos anos, os trabalhadores do comércio retalhista sofreram na pele os ataques aos seus direitos, impostos pelos seus sucessivos governos, cúmplices do Patronato.
Os patrões durante anos bloquearam a negociação colectiva com o objectivo de roubar direitos conquistados pelos trabalhadores. Exemplo disso são os longos anos em que os salários não são actualizados.
Para nós, CESP, é inadmissível a postura das várias associações patronais, que insistem numa linha de desvalorização das profissões e dos trabalhadores, que em troca de nada se roube aquilo que é essencial para fazer a nossa vida, o nosso rendimento.
O CESP reuniu no passado dia 15 de Novembro com a empresa, onde colocou uma série de problemas levantados pelos trabalhadores.
Os trabalhadores de Lisboa também têm direito a carreira e progressão salarial que os afaste do Salário Mínimo Nacional
Tendo em conta a última contraproposta da União das Associações do Comércio e
Serviços (UACS), de 2,5% de aumento sobre a última tabela salarial publicada (2008), o CESP apresentou a proposta de tabela salarial que divulgamos, para assegurar a actualização dos nossos salários e que à evolução da nossa categoria corresponda a actualização do nosso vencimento base.
O CESP apresentou nova proposta
Verifica-se que a contraproposta da UACS continua a ser muito baixa:
O CESP apresentou uma nova proposta de tabela salarial (ver em baixo), pois, para além dos baixos salários, não é compreensível que continuemos a ter os salários mais baixos do distrito de Lisboa, com valores inferiores aos dos concelhos limítrofes da cidade (Amadora, Oeiras, Odivelas, Loures, Torres Vedras, Mafra...).
Temos recebido cada vez mais preocupações de muitos trabalhadores de Lisboa que verificam que os seus salários são muito inferiores aos restantes trabalhadores dos concelhos limítrofes, quando trabalham na mesma empresa:
- Alertam que trabalham em plena cidade, em lojas de referência a nível nacional, praticam muitas vezes mais horas de trabalho, maiores ritmos de trabalho, mais responsabilidade e são alvo de cada vez mais exigências com salários inferiores.
O CESP voltou a reiterar a importância da actualização das tabelas salariais de forma a garantir a actualização salarial e o aumento do vencimento base quando subimos de categoria, de modo a que a progressão na nossa carreira seja efectiva e não se mantenha a grande injustiça e desigualdade de existirem milhares de trabalhadores sem qualquer progressão salarial ao mesmo tempo que vêm a sua experiência e responsabilidade a aumentar.
É desumano para nós e desprestigiante para o comércio a retalho de Lisboa, que fica sem base para evoluir, que mais de metade da tabela salarial esteja abrangida pelo Salário Mínimo Nacional!
Não podem continuar a existir pessoas que com 4, 6, 9 e muito mais anos de prática profissional tenham como retribuição base o Salário Mínimo Nacional!
O CESP salienta a elevada importância de se chegar a um consenso negocial que permita a actualização da tabela salarial, valorizando os trabalhadores e o Comércio a Retalho de Lisboa, continuando a discutir com os trabalhadores e a receber a sua opinião sobre a negociação em curso e sobre as condições de trabalho.
Divulgamos a última proposta de tabela salarial que o CESP apresentou à União das Associações do Comércio e Serviços (UACS):
Verifica se a tua categoria profissional está correctamente classificada e se o teu salário base está de acordo com o valor a que tens direito. Divulgamos os valores mínimos que estão actualmente em vigor para Lisboa cidade:
*Categoria devida se o trabalhador desempenhar funções em que dirige o serviço e o pessoal; coordena, dirige e controla o trabalho e as vendas do estabelecimento ou da secção.
**A aplicação da tabela 0, I ou II depende do nível de IRC da empresa onde trabalhas.
A cinzento: Salários cobertos pelo SMN
ALERTA:
Se desempenhas funções em que te encontras a assegurar sozinho(a) o funcionamento da loja, não poderás estar classificado com categoria inferior a “Caixeiro até 3 anos”.
Envia a tua opinião/contributo para:
Na sequência da proposta de aumentos salariais que o CESP enviou à União das Associações do Comércio e Serviços de Lisboa (UACS), para pôr fim à situação de estarmos a efectuar a nossa actividade profissional em graves condições de injustiça e desigualdade, vimos informar os aspectos relevantes do conteúdo da contraproposta que recebemos da UACS no sentido de todos se poderem pronunciar sobre a mesma.
Informamos alguns aspectos da contraproposta da UACS:
Tendo em conta que os nossos salários não são actualizados desde 2008 e o impacto que medidas como a passagem da contagem do trabalho nocturno para as 21h tem na nossa retribuição, verifica-se que a contraproposta das empresas:
O CESP reiterou a sua proposta de actualização das tabelas salariais mantendo a diferenciação dos salários entre níveis, de modo a que a progressão na nossa carreira seja efectiva e não se mantenha a grande injustiça e desigualdade de existirem milhares de trabalhadores sem qualquer progressão salarial.
Aceita-se que existam trabalhadores que com 4, 5, 6, 7, 8, 9 e mais anos de casa tenham como retribuição base o Salário Mínimo Nacional?
Não aceitamos!
Envia a tua opinião/contributo para: cesp.comercio.lx@cesp.pt
Ao longo dos últimos anos, existiu um conjunto muito significativo de alterações à Lei que, não respeitando o acordado no contrato colectivo de trabalho, prejudicou gravemente a nossa retribuição, em especial de quem trabalha no Comércio Retalhista da cidade de Lisboa, cujas tabelas salariais não são actualizadas desde 2008.
Tal situação contribuiu para a contracção da economia, fomentando cada vez mais a concorrência desleal no comércio da cidade, prejudicando-nos a nós, mas também as empresas portuguesas.
Para pôr fim à situação de estarmos a efectuar a nossa actividade profissional em graves condições de injustiça e desigualdade, verificando que os grandes grupos económicos internacionais do sector, optimizam as condições que estão a ser oferecidas pela não actualização dos nossos salários e se instalam em massa nas zonas nobres da cidade, aproveitando-se dos baixos salários e exercendo forte concorrência às micro, pequenas e médias empresas portuguesas, é necessário e fundamental o aumento dos salários.
Assim, tendo em conta a recente actualização do Salário Mínimo Nacional, o CESP enviou, no passado dia 31 de Dezembro, uma proposta de actualização das tabelas salariais à União das Associações
do Comércio e Serviços de Lisboa (UACS), com vista a repor o nosso poder de compra, essencial para ultrapassar as graves dificuldades que vivemos, mas também para dignificar, regular e dinamizar
o comércio da cidade. + informação
Informação sindical dos Trabalhadores do Centro Comercial Colombo em Lisboa:
É hora de dizer NÃO, é hora de lutar por uma vida digna!
• Dizemos não aos baixos salários no nosso sector;
• Dizemos não à precariedade; Para um posto de trabalho permanente um vinculo de trabalho efectivo!
• Dizemos não aos horários desregulados; Exigimos ter tempo e vida familiar!
• Dizemos não às ameaças e repressões por parte do patronato, utilizando o desemprego como forma de nos reprimir e aceitar condições pouco dignas no local de trabalho!
• Lutamos pelo aumento do salário! Vital para a economia portuguesa e para o comércio em geral; Não há aumentos salariais desde 2008, reduzindo o nosso poder de compra e o da maioria dos portugueses.
A contratação colectiva, que garante a actualização dos salários e a regulação das condições de trabalho, está bloqueada pelo governo e pelo patronato.
É URGENTE LUTAR para que se cumpra a contratação e a actualização dos salários, luta!
Exige que se cumpra o contrato colectivo de trabalho, exige aquilo que tens por direito!
Após muitos e muitos anos de trabalho na empresa, os últimos dos quais com salários em atraso, os trabalhadores foram confrontados com a proposta que revogação do seu contrato de trabalho, que foram forçados a aceitar face às dificuldades que vinham a sofrer, causadas pela falta de pagamento pontual de retribuição.
Contudo, apesar da situação causada pela perda dos postos de trabalho, a empresa volta a falhar: não paga o valor das quantias que foram acordadas com as pessoas aquando a revogação do seu contrato de trabalho!
Assim, os trabalhadores são forçados a denúnciar e a manifestar a sua indignação devido ao desrespeito que os responsáveis da empresa têm tido para com quem dedicou uma vida inteira de trabalho a uma casa que “agradece” não pagando o que deve, causando ainda mais dificuldades.
Os trabalhadores exigem que a empresa pague o que lhes deve e não deixarão de lutar para que a empresa cumpra com o acordado!
De acordo com declarações da associação patronal, só na cidade de Lisboa, empregam 65% de quem trabalha no distrito. Ora, não havendo aumento do poder de compra dos trabalhadores, como é possível dinamizar a procura interna e por consequência o Comércio e Serviços?
As tabelas salariais do comércio a retalho de Lisboa não são aumentadas desde 2008, ao contrário dos outros Retalhistas, que, também padecendo dos mesmos constrangimentos económicos apresentados pela UACS, consideraram que é fundamental para a actividade do comércio e serviços, existir poder de compra por parte dos trabalhadores, daí ter havido negociação colectiva e aumentos salariais ao longo deste período de 5 anos nessas regiões. Mais informação